O Ministério da Educação (MEC) finaliza neste domingo, 26 de janeiro, as inscrições para a primeira edição de 2020 do Sistema de Seleção Unificada (SiSU). O prazo encerraria no dia 24, mas foi prorrogado por problemas no site do Enem.
Podem se inscrever no SiSU 2020/1 os estudantes que já terminaram o ensino médio, fizeram o Enem 2019 e não zeraram a redação.
Na noite da última sexta-feira, 24, a Justiça Federal em São Paulo determinou a suspensão do SiSU após o término das inscrições, o que impede que o resultado seja divulgado na próxima terça-feira, dia 28. O Governo Federal recorreu da decisão ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3).
A decisão pede ao MEC e ao Inep que comprovem documentalmente que a revisão das notas do Enem 2019 nas quais foram identificadas falhas foram consideradas para a readequação das notas de todos os participantes, em razão da Teoria da Resposta ao Item (TRI).
Se o cronograma for mantido, os aprovados deverão se matricular entre os dias 29 de janeiro e 4 de fevereiro. Durante esse mesmo período, estará aberto o prazo para participar da lista de espera do SiSU.
Poderão participar da lista de espera apenas os candidatos que não forem selecionados em nenhuma das duas opções de cursos na chamada regular. A convocação dos candidatos em lista de espera pelas instituições ocorrerá de 7 de fevereiro a 30 de abril.
Veja como funciona a lista de espera do SiSU
Vagas
O SiSU oferece 237.128 vagas em 128 instituições públicas de ensino superior. No total, são 1.652 vagas a mais que a mesma edição do ano passado, que ofereceu 235.476 vagas em 129 instituições.
As vagas do SiSU estão divididas entre ampla concorrência e sistema de cotas. No caso das instituições federais, pelo menos metade das vagas é reservada para estudantes que fizeram todo o ensino médio na rede pública, de acordo com a Lei nº 12.711/2012 (Lei de Cotas).
Algumas instituições também possuem programas de ações afirmativas que podem reservar vagas ou conceder bônus para diversos grupos de candidatos. A Universidade Federal do Pará (UFPA), por exemplo, concede bônus para candidatos da Região Norte.
Reclamações
Desde o início das inscrições para o SiSU 2020/1, o clima é de reclamações por parte dos candidatos, especialmente nas redes sociais. No primeiro dia, durante algumas horas, não constava no site do sistema o link para fazer as inscrições.
No segundo dia, foram liberadas as notas de corte, as quais foram consideradas muito acima do esperado, não só em Medicina - carreira tradicionalmente mais procurada - como em cursos de graduação de várias áreas.
No terceiro dia, o número de reclamações cresceu consideravalmente, chegando a ser criada no Twitter a hashtag #ErronoSiSU, que permaneceu entre os assuntos mais comentados durante toda a tarde.
Os estudantes acreditavam que havia erro no SiSU, pois os usuários estavam sendo aprovados nos dois cursos selecionados, o que fez com que as notas mínimas para entrar estivessem cada vez mais altas.
No final da tarde da última sexta-feira (24), o ministro da educação, Abraham Weintraub, publicou vídeo em sua conta pessoal do Twitter informando que não havia erro algum e que o sistema muda a cada momento.
Weintraub ainda acusou usuários da rede social de estar espalhando mentiras e terror para os candidatos do SiSU 2020/1. Ele culpou também "partidos esquerdistas" de estar criando contas no Twitter para disseminar medo aos estudantes.
Entenda o caso
No último sábado (18), o MEC informou que parte das notas do Exame estavam com erro. Segundo o governo, o erro foi da gráfica que passou a imprimir as provas no ano passado.
Já no dia 20, o ministério divulgou que as notas de cerca de 6 mil estudantes, o que representa 0,15% do total de presentes - 3,9 milhões - a maioria de quatro cidades da Bahia e Minas Gerais - tinham apresentado problemas, mas que elas já tinham sido corrigidas e podiam ser consultadas no site do Enem.
Para mais informações, acesse o Edital do SiSU 2020/1 ou a página do SiSU.